D. JOSÉ:
Quê… Não vais, decididamente?
MARIALVA (olhando a Severa):
Decididamente, não vou!
SEVERA (Numa explosão de alegria):
Ah! Não vai! Fica comigo! (Com orgulho)
É meu! Muito meu!
D. JOSÉ (pondo a capa e o chapéu):
Mas todos te esperam, cheios de entusiasmo!
Não é correcto, bem vês…
MARIALVA:
Pois que esperem meu velho. Eu passo aqui esta noite! (Cingindo a Severa)
Severa! (Dando-lhe o lenço que o D. José trouxe)
Amanhã, quando me for, lê o que diz este lenço. Guarda-o bem!(Para D. José)
Tu, vai, D. José. E se te perguntarem, dize a toda a gente que o Conde de Marialva, grande do reino, depois de uma cena de facadas, passa a noite com uma cigana!
D. JOSÉ (saindo e atirando com a porta):
Adeus!
SEVERA (apaixonadamente, atirando-se ao pescoço do Conde)
Como tu gostas de mim! Como tu gostas de mim!
MARIALVA: Vem cá, Severa. Vem cá. Toma a guitarra. Assenta-te aí. Os dois, muito juntos, coração com coração…
(A cigana senta-se-lhe aos pés, preludiando na guitarra)
É destino de Portugal morrer abraçado ao fado!
(Apagando a luz, com a voz cortada de comoção)
Canta… Canta… Canta…
(A Severa começa a cantar; o Conde tem lágrimas nos olhos; o pano cai, lentamente.)
Júlio Dantas - A Severa - Acto II
Quê… Não vais, decididamente?
MARIALVA (olhando a Severa):
Decididamente, não vou!
SEVERA (Numa explosão de alegria):
Ah! Não vai! Fica comigo! (Com orgulho)
É meu! Muito meu!
D. JOSÉ (pondo a capa e o chapéu):
Mas todos te esperam, cheios de entusiasmo!
Não é correcto, bem vês…
MARIALVA:
Pois que esperem meu velho. Eu passo aqui esta noite! (Cingindo a Severa)
Severa! (Dando-lhe o lenço que o D. José trouxe)
Amanhã, quando me for, lê o que diz este lenço. Guarda-o bem!(Para D. José)
Tu, vai, D. José. E se te perguntarem, dize a toda a gente que o Conde de Marialva, grande do reino, depois de uma cena de facadas, passa a noite com uma cigana!
D. JOSÉ (saindo e atirando com a porta):
Adeus!
SEVERA (apaixonadamente, atirando-se ao pescoço do Conde)
Como tu gostas de mim! Como tu gostas de mim!
MARIALVA: Vem cá, Severa. Vem cá. Toma a guitarra. Assenta-te aí. Os dois, muito juntos, coração com coração…
(A cigana senta-se-lhe aos pés, preludiando na guitarra)
É destino de Portugal morrer abraçado ao fado!
(Apagando a luz, com a voz cortada de comoção)
Canta… Canta… Canta…
(A Severa começa a cantar; o Conde tem lágrimas nos olhos; o pano cai, lentamente.)
Júlio Dantas - A Severa - Acto II
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